Tecnologia da Informação & Logística

Poucas áreas de estudo possuem um impacto tão significativo sobre o padrão de vida da sociedade quanto a Logística. Quase todas as atividades humanas são afetadas direta ou indiretamente pelo processo logístico. Com que freqüência, tendo comparecido a um supermercado a fim de adquirir um produto anunciado, você deixou de encontra-lo na prateleira? Você, em alguma ocasião já adquiriu algo pelo telefone, correio ou pessoalmente e recebeu a mercadoria errada? Você já enviou uma encomenda a alguém, na mesma cidade ou em outras regiões do país, e o item chegou ao seu destino danificado ou jamais foi recebido pelo seu destinatário? Ocorrem paralisações ou atrasos em linhas de fabricação que empregam sistemas “Just-in-Time” em razão do não cumprimento dos prazos por parte dos supridores? Com que freqüência a entrega de um item é prometida em alguns dias e ocorre apenas semanas depois? Por que os prazos para o recebimento ou a remessa de embarques ao exterior sempre parecem ser mais longos do que os domésticos?

Freqüentemente nós não pensamos no papel desempenhado pela Logística em nossas vidas até que ocorra algum problema. Felizmente, os itens procurados são normalmente encontrados nas lojas e as encomendas são recebidas corretamente, em perfeito estado e no praza previsto. Independentemente de sermos executivos, consumidores, educadores ou funcionários públicos, é importante entender o processo logístico.

Diante dos exemplos citados a tecnologia da informação é fator fundamental para que toda a logística funcione de forma eficiente, e com intuito de relacionar a TI e a Logística que este blog foi criado, sejam bem vindos.

Quem sou eu

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Possui graduação em Administração com Habilitação em Recursos Humanos pela Universidade São Francisco, Título de MBA em Gestão de Tecnologia da Informação pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP). Atuando desde 1995 em Logística e Produção, têm se dedicado a pesquisas relacionadas a aplicação da Tecnologia da Informação em Sistemas Logísticos de Supply Chain.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

AS APLICAÇÕES LOGÍSTICAS

A função logística, para ser bem executada, deve responder a algumas questões básicas, diluídas ao longo da cadeia de suprimento, tema que já foi abordado no tópico dois. Para facilitar nossa explanação, vamos demonstrar esquematicamente uma cadeia de suprimentos na figura 1.

Figura 1



Analisando a cadeia acima, pode-se dividi-la em 4 grandes grupos: O primeiro como sendo o grupo dos fornecedores; o segundo, o grupo de empresas manufatureiras, que transformam as diversas matérias-primas em produtos acabados; o terceiro grande grupo são os centros de distribuição, responsáveis em receber, acondicionar e entregar os produtos ao quarto grande grupo, que são os consumidores finais.
As atividades logísticas deverão, em cada um dos quatro grandes grupos, encontrar respostas para algumas questões, quais sejam as aplicações em análise:
a) Fornecedores: de quem se adquirem materiais e componentes. Aqui se pode perceber a importância da atividade logística no desenvolvimento dos fornecedores, uma atividade de fundamental importância, a exemplo do que estão fazendo as montadoras de automóveis, colocando os seus principais fornecedores dentro do seu parque fabril.
b) Manufatureiras: onde se vai produzir, ou seja, onde se vai instalar a fábrica; quanto e quando produzir determinado produto. Aqui fica clara a atividade de planejamento de materiais, pois é a partir das decisões acima que poderá ser definida toda a política de estoques da organização em questão.
c) Centros de distribuição: onde se devem armazenar produtos acabados? Onde se devem armazenar peças de reposição? Quanto se deve armazenar de peças e de produtos acabados? Aqui fica clara a preocupação com o nível de serviço a ser repassado ao consumidor. Muitos produtos em estoque, sejam peças de reposição ou produtos acabados, e diversos locais de armazenagem melhoram, sem sombra de dúvida, o nível de serviço para o consumidor, porém com uma conseqüente elevação dos custos, o que, em ultima análise, diminuirá as vendas devido ao incremento nos preços de venda.
d) Consumidores: este quarto e último grande grupo dentro da cadeia de suprimentos é o ponto central onde desembocam todos os outros grupos. Entretanto, não se deve supor de antemão que a organização será perfeita e atenderá a todos os mercados com a mesma presteza. Nesse sentido, a atividade logística estará preocupada em definir para que mercado será fornecido o produto e com que nível de serviço. É sempre bom lembrar também que a definição do nível de serviço implica um incremento de custos: quanto maior o nível, tanto mais caro.

Não fossem suficientes as respostas a todas as questões acima, não se pode esquecer ainda que essas definições logísticas envolvem algumas características fundamentais das organizações, em nível estratégico, como o impacto em múltiplas funções dentro das organizações, a troca ou tradeoffs entre objetivos conflitantes, como aumentar vendas, diminuindo custos e barateando os produtos, ou aumentar o nível de serviço, com um acréscimo, em curto prazo, nos custos. Some-se a tais dúvidas a dificuldade de se precisar o custo que sistemas logísticos irão gerar; nesse sentido, análises quantitativas são essenciais para a tomada de decisões inteligentes e científicas, não calcadas no “achismo” e em sensações estranhas.

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